A curitibana Marise Manoel é autora dos livros de poemas Galo sem turno (edição da autora, Curitiba, 1980), Perfil de sal (Edições ZéBlue, Curitiba, 1983) e Mundéus – poemas escolhidos (edição da autora, Curitiba, 2022). 

Em 2002, a editora Aos Quatro Ventos, de Curitiba, publica seu estudo, originalmente dissertação de mestrado, sobre o poeta curitibano Emílio de Menezes. A autora aborda aspectos extralinguísticos presentes nos poemas de Emílio e explora o conceito de cômico e as noções de humor e da sátira na elaboração discursiva de sua poesia. 

A formação acadêmica e profissional passa pela graduação em Letras (Faculdades Tuiuti), especialização em Literatura Brasileira (Universidade Federal do Paraná) e mestrado em Linguística, área de Análise do Discurso (Universidade Estadual de Campinas, 1987).

Atuou como docente em instituições de Ensino Superior, como servidora pública do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), e realizou inúmeros trabalhos de revisão de textos técnico-científicos e literários. 
Com poema premiado, integra a Coletânea Abertura IV-II Prêmio Ferreira Gullar/UPES, Edições Beija-Flor (Curitiba, 1980). Participa da Coletânea de Poemas da Casa do Poeta do Paraná (Curitiba, 1983) e da Coletânea Bife Sujo, Edições Clandestinas, Século XXI, 2001, e das Antologias Feiticeiro Inventor, Edições Criar (Curitiba, 1985) e Carpe Diem, Posigraf (Curitiba, 1990). Colabora nas revistas Fundação, ZéBlue e Todavia e em jornais de cultura, no Nicolau e Jornal da Biblioteca. Integra a Antologia da Nova Poesia Brasileira, Fundação Rio/Rioarte/Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro (Editora Hipocampo, 1992). Na década de 1980, participa, juntamente com o poeta Reinoldo Atem, do Concurso de Cartazes artísticos promovido pelo Museu Guido Viaro. O poema-cartaz inscrito, com arte de Reinoldo e excerto de poema de Marise, recebe prêmio do Museu. 

De 2003 a 2007, atuou como Assessora Técnica no gabinete da Secretaria de Estado da Educação. No período, além de coordenar os primeiros estudos do Plano Estadual de Educação, colaborou com a produção do Jornal da Educação e foi responsável pela Coluna Livros e Leituras, que levou a professores e estudantes da rede de Educação Básica informações resenhadas de importantes obras da literatura universal. Atuou no Conselho de Editoração da Secretaria Estadual da Cultura do Paraná nos períodos entre 1991 e 1994 e de 2003 a 2008.

A caminhada poética de Marise Manoel tem início nos anos 1970. Sua produção inclui poemas premiados e musicados, traduções, publicações em coletâneas e antologias, colaborações em revistas e jornais de cultura e participação em eventos para a difusão da poesia.

Em 1993, seu poema Perfil de Sal é musicado e premiado no Festival da Canção Universitária de São Paulo (disponível em: Youtube,  Túnel do Tempo 2 – Festival MPB – Unicamp 1988 – Perfil de Sal). Em 2003, o poema Perfil de Sal é gravado pelo parceiro carioca em CD homônimo. 

Em 2022, participa como convidada do Programa Canal do Poetariado, sob a coordenação dos escritores e poetas Cesar Augusto de Carvalho e Hamilton Faria, com a análise de seus poemas pelo escritor e poeta Paulo Venturelli. Neste mesmo ano, participa como convidada, junto a outros dois poetas brasileiros, do programa A Fim de Poesia, coordenado pela poeta Noélia Ribeiro. 

Em 2023, participa da Mesa Poesia e Resistência no II Festival da Palavra de Curitiba. A fala da poeta, intitulada “Cheguei quando o pior e o melhor aconteciam”, foi publicada no Jornal Cândido da Biblioteca Pública do Paraná, na Série Especial Mulheres contra a Ditadura. 

No mesmo ano de 2023, participa do Programa do dia 15 de maio da Rádio UEL (Universidade Estadual de Londrina) Literatura Viva, na coluna O Mar e o Mangue, dirigida pelo professor-pesquisador e escritor Frederico Garcia Fernandes.

Em 2024, o poema Oliveiras da Palestina é traduzido para o francês pela professora, escritora e tradutora Lúcia Cherem, e é publicado na edição especial da revista Mïtra – Revue d’art et de littérature de Montréal, Canadá.

Recebe, ainda em 2024, homenagem na edição n° 21 do Jornal Cultural Farol da Poesia, dirigido pela jornalista e poeta Ivana Martins, de Maringá.

Poeta bissexta, ou poetinha, como gosta de ser chamada, Marise Manoel participa, com outros poetas brasileiros e do exterior, da Antologia Invictus – poetas que sobreviveram à pandemia (Casa Brasileira do Livro, Rio Pardo, 2024).

Em 2025, participa dos projetos Curitiba Lê, com o livro Galo sem turno apresentado na Minha Estante digital, e Curitiba Lê Gente Daqui, em encontro na Casa de Leitura Wilson Bueno para bate-papo sobre seu primeiro livro de poemas, o Galo sem turno. Marise Manoel presenteia a Casa com exemplar de poema publicado em sua homenagem produzido pelo amigo escritor e poeta Wilson Bueno.

Em março de 2025, participa como homenageada de uma Noite de Poesia no Wonka/Porão Loquax, com leitura de seus poemas, ao lado de Ulisses Iarochinski, Hamilton Faria, Luci Collin e Bebeti do Amaral Gurgel, poetas e escritores convidados pela poeta.